Batalha dos sexos na casa-de-banho

Bom dia caros amigos leitores e bom fim-de-semana.

Após uma semana na terra das cavalonas, que será tema para uma próxima crónica, regressei ao país e ao Crónicas, deixei o país em plena confusão político-constitucional a pensar que quando regressasse tudo já estaria sanado, resolvido e até quem sabe teria um país recontruído mas não ... tudo na mesma até a meu ver regressei a um país mais confuso, baralhado, desgovernado ... no entanto esqueçam tudo isto, vivam a vida ao máximo e com um sorriso nos lábios e fiquem com a crónica de hoje.

Trago-vos uma crónica que há muito borbulha na minha cabeça, as diferenças no uso das instalações sanitárias por homens e mulheres. Quem acompanha o Crónicas desde o início sabe que aqui a vossa cronista tem uma fixação em casas-de-banho e o que por lá se passa ... bem se hão-de lembrar que sofri de uma dependência relacionada com as casas-de-banho ... recordam-se?!

Pois o tema para mim é incontornável e decidi partilhar com vocês as minhas ansiedades e considerações.

Sabemos que anatomicamente os sexos feminino e masculino são diferentes e essa anatomia influencia drasticamente o uso das casas-de-banho.

Vamos começar então, quando nós, mulheres, pensamos na ida à casa-de-banho há o eterno mito, mito este que preconiza que uma rapariga nunca mas nunca vai sózinha à casa-de-banho, gostaría de dizer que isto é um mito urbano o problema é que raramente num grupo de amigas quando uma decide ir há sempre alguma que vai também gostaría de ter uma explicação para isto mas não tenho só consigo apelar para o DNA feminino que desde o tempo das cavernas quando alguma nossa antepassada ía atrás da moita fazer o que tinha a fazer uma "companheira" ía sempre com ela não fosse ser atacada por algum animal ... racional ou irracional. Eu imagino que os homens, pelo menos os mais tarados, acham que quando vamos todas juntas à casa-de-banho nos envolvemos por lá em orgias lésbicas mas não rapazes já pensaram que ali é o único sítio em que podemos falar de vocês sem sermos ouvidas?

Pronto, a malta decidiu ir e agora chegamos à porta, quer dizer por vezes a fila é tão grande que nem vislumbre há da porta da casa-de-banho e aí a minha componente cerebral masculina pensa: " mas o que é que estas raparigas lá estão a fazer dentro?!", sinceramente não vos sei responder o que eu sei é que olho para o lado oposto e na casa-de-banho masculina não há fila e eles saiem e entram como pães a sair de um forno, é até poética a fluidez com que se entra e sai de uma casa-de-banho dos homens e eu "apertadinha" para ir é nessas alturas em que o meu vício tende a voltar ...

Ok, consegui entrar no cubículo mas rapazes aí é que as peripécias começam ... se uma mulher vai sózinha à casa-de-banho e não tem onde deixar as "cangalhadas", entra no cubículo a pensar onde vai pendurar a mala, o livro que trouxe para ler e, vamos ser uns loucos e fingir que não estamos em crise, os sacos das compras ... cabide na porta não há, pôr no chão não é uma opcção ( que "pucaria") e vai daí só há uma solução possível deixar tudo aonde está ... isto é, a mala a tiracolo, os sacos na boca e o livro nesses mesmos sacos, a tudo isto deveremos acrescentar que o fecho da porta da casa-de-banho pode estar escangalhado e vai daí a toda esta imagem devem acrescentar uma tentativa de travar a porta de uma entrada triunfal de alguma utilizadora da casa-de-banho enquanto estamos numa das mais frágeis figuras. Conseguem imaginar? Eu sim já que muitas vezes tenho feito essas tristes e malabaristicas figuras, acho até que devia haver uma modalidade olímpica que contemplasse esta árdua actividade de equíbrio do corpo feminino.

Mas deixem-me ir mais longe, tenho tudo tratado, a mala, o livro, os sacos das compras, a porta e vamos lá a fazer o que temos a fazer no entanto uma nova barreira ... a indumentária .... os collants, o cinto de ligas, puxar as calças ou arregaçar a saia ... imaginam? É uma autêntica toirada ir à casa-de-banho quando se é mulher ... tudo isto sem deixar que haja qualquer contacto físico entre roupa e "cangalhadas" com as instalações sanitárias!!! Ufa, estou cansada só de rever tudo isto! Nós merecíamos um prémio cada vez que vamos à casa-de-banho, não acham?

A partir daí tudo na perfeita paz dos anjos .... tirando ver alguma das utilizadoras sair dos cubículos sem passar nos lavatórios e sem lavar a bela da mãozinha ... enfim ... não se pode ter tudo!

Ao sairmos da casa-de-banho um sorriso acaba sempre por nos surgir ... é uma vitória no entanto se cá fora nos espera um homem conseguimos ver na cara dele um " Tanto tempo lá dentro?! E que merda de sorriso é aquele?!" ... somos umas incompreendidas ...

Um homem na casa-de-banho: entra, saca do seu membro reprodutor/mictórico, urina, lava a mãozinha, quando lava, e sai normalmente ainda a apertar a braguilha já cá fora que isto não há tempo a perder. Percebem agora por que não há fila nas casas-de-banho até porque eles até podem deitar o olho ao material do vizinho, eu sei, eu já perguntei a vários homens e eles olham para posterior análise, mas não o fazem de forma contemplativa durante alguns minutos não senhora eles são rápidos no olhar e ainda mais rápidos na análise .... pá são homens! 'Tá no DNA.

Toda esta crónica foi para dar um pouco mais de luz aos homens no que se passa nas casas-de-banho femininas, pronto vou ser sincera esta crónica serve para vos dizer que tenho inveja de ser homem, pelo menos um dia na vida gostaría de urinar de pé e sem a ajuda de "auxiliadores mictóricos em pé para mulheres", só pegar e fazer pontaria! 

Bom sábado