Bom dia caros amigos leitores
Ficaram curiosos e sentiram-se um pouco malandros quando leram o título? Fixe, era mesmo isso que eu queria provocar em vocês curiosidade e malandrice pois primeiro deixem-me que vos diga que aqui a vossa cronista prefere andar sem soutien, detesto sentir as minha meninas presas todo o dia deve ser mais ou menos o mesmo se obrigassem os rapazes a andar com os seus meninos dentro daquelas copas de protecção desportiva pá eu não quero saber há dentro de mim qualquer coisa de hippie que queimou os soutiens nos anos 60.
Podem dizer que se ontem andei tão zen como é que hoje estou nesta violência de queimar soutiens e provocar os caros amigos leitores com cenas marotas?! Se pensarmos bem elas, as crónicas, vão um pouco ao encontro uma da outra pois trata-se de apreciar as pequenas coisas. Eu dei por mim a pensar na minha vida e a sentir-me grata por viver em Portugal, mesmo com austeridade, no ano de 2014.
Na altura das comemorações dos 40 anos do 25 de Abril li uma reportagem àcerca do que se podía ou não fazer no tempo da outra senhora e uma das coisas que me chamou mais a atenção foi que para uma mulher viajar tinha de ter a autorização por escrito do pai ou do marido.
Bastaría recuar 50 anos e a minha vida tal como a vivo hoje sería inimaginável.
Eu passo a explicar saí de casa antes dos 30 não para casar nem para me "amigar", como diz a minha avó paterna, mas para viver sózinha, viajei várias vezes para fora do país sem ter que levar nenhuma autorização de pai ou marido, ok houve uma vez que me iam pedir a declaração do pai mas só e apenas porque a senhora do check-in achava que eu era menor. Vivi vários anos sózinha e deixem-me dizer que é libertador só quem já viveu é que pode saber daquilo que falo. Também pode ser assustador, ouvir um barulho suspeito durante a madrugada e saber que ligar ao papá ou ao namorado não é opcção e há que levantar o rabiosque da cama para ver o que se passa ou o assustador que pode ser trocar uma lâmpada que se fundiu e que por azar fica no tecto e há que emaranhar pelo lavatório acima para a trocar. É assustador mas também nos dá mais poder sobre a nossa vida.
Fiz o que me dava na real gana sem ter de dar cavaco a ninguém e isto pode ser das experiências mais libertadoras, não pode?
Calma rapazes também não quero que fiquem tristes, nós, raparigas, continuamos a precisar de vocês e nada de serem marotos não precisamos de vocês só para o sexo até porque com o avanço que a área tecnológica vai e que pode ser encontrada em qualquer sex-shop até nisso a coisa se complica no entanto continuamos a precisar de uma abraço forte quando tudo correu mal, um beijo apaixonado que nos tira o fôlego, uma conversa até altas horas pois mesmo tendo todo o tempo do mundo queres falar com ele até o cansaço te vencer, um olher profundo que te faz sentir a miúda mais gira do universo, o riso dele quando olha para o que fazes às sementes do tomate, as festas que te faz no cabelo, podía estar aqui o dia todo e até entrar em cenas de bolinha mas deixo o resto à vossa imaginação.
E perguntam vocês e o que é que o soutien perfeito tem a ver com isto? Tudo.
Ontem, num dia de férias em que decidi coçar a micose quase o dia todo confesso que vi um nadinha do programa da manhã da Júlia e do Jota!!!! Ai sei que vou ser crucificada por isto mas adiante. Apanhei o programa onde se falava do soutien perfeito para o dia do casamento em como só para aquele dia e só para estar atenta ao decote tem de ser feita uma planificação cuidada e atenta da coisa e foi aí que mais uma vez vi que se vivesse a minha vida há 50 anos atrás estava feita pois já não vivo sózinha vivo com o meu namorado numa união em pecado!! Não houve casamento, nem contrato assinado, nem grande festa, nem soutiens perfeitos para decotes perfeitos em vestido perfeito numa cerimónia perfeita numa igreja perfeita com convidados perfeitos em vestidos e fatos perfeitos há um amor que nem sempre é perfeito ou não fossemos nós seres humanos cheios de imperfeições mas que é perfeito para mim, com este homem, nesta casa, nesta cidade, neste país e nesta época que não são perfeitos mas que são deliciosamente imperfeitos e é nessa perfeição imperfeita que eu quero viver em pecado!
PS escrevi esta crónica sem soutien perfeito ou imperfeito
Excelente quarta-feira
quarta-feira, 28 de maio de 2014
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