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segunda-feira, 31 de maio de 2010

Factos Hilarianos I - A origem da lenda

Boa tarde caros leitores e bendito fim do mês!

Espero que depois deste regabofe de Rock In Rio e demais concertos de apoio à selecção fiquem um pouco "sugaditos" em casa a ler o Crónicas.... Tá bem tá...

Podem pensar que me enganei a escrever o título mas não, é mesmo Factos Hilarianos!

Desde já passo a explicar, lá no nosso pântano co-habitou connosco diversos anos um colega de nome H. que se tornou uma lenda viva para nós e para quem privou com ele ou nos ouviu a contar estes factos que vos vou relatar.

Este colega de pântano é um homem muito "sui generis" e muito sinceramente nem sei por onde começar...

Com o seu estilo muito próprio, este homem era uma arma beligerante deveras mortal, tanto que muitas vezes pensámos enviar para os EUA o seu cv já que com ele a guerra no Iraque e Afeganistão há muito que estariam ganhas! Qual gás "sarin", qual vírus Ébola, qual antraz este homem "mandava" umas jardas que qualquer ser vivo em poucos segundos caía para o lado sem perceber o que lhe tinha acontecido.

Eu própria fui cobaia dele sem saber, algumas vezes fui atingida por estes gases e não sei se da minha constituição física se do meu mau feitio resisti mas a custo...arrastava-me pelo pântano durante alguns segundos muito amarela e vinha à superfície avidamente buscando ar puro .... nem quero me lembrar... dias muito complicados!

Outro sítio a evitar no pântano era a casa-de-banho principalmente depois de ele de lá ter saído a não ser que entrassemos lá de escafandro e botija de oxigénio, caso contrário chegávamos cá fora em condições deploráveis houve um dia que um colega se arriscou a entrar lá dentro segundos depois de ele ter saído, saíu do pântano de maca e esteve três quinze dias internado! Os médicos nem queriam acreditar que aquele estado era causado pelos gases acumulados dentro de um homem só. Ainda o quiseram convencer a fazer parte de um estudo científico mas quando logo no início cinco estagiários, que iam colher as amostras, ficaram em coma os médicos desistiram.

Até que um dia percebemos o porquê desta acumulação de gases ultra venenosos, está tudo relacionado com o que se ingere e este homem era uma besta... a comer...

Então aqui vai o que era uma refeição ligeira para esta arma química: um pão saloio, um naco de carne assada, três litros de sumos de frutas, três maçãs, duas pêras, um cacho de uvas, metade de um melão e meio litro de café acompanhado de meio pão-de-ló! E isto era só um aconchego porque quando chegasse a casa aí sim viria o jantar a sério! Talvez quando o Bush "viu" que havia no Iraque armas de destruição maciça estava era a ver uma colonoscopia hilariana! Tanta guerra para nada...muito triste agora que passou este tempo todo!

Chegou-se ao cúmulo de sem nenhum pudor ele "abrir-se" ali no meio de nós e quando chamado à razão tal como a Rainha Santa Isabel respondeu ao rei D. Diniz: "são gases sr! são gases!" felizmente para o D. Diniz a rainha santa trazia rosas que embora picassem felizmente cheiravam melhor que as "rosas" que o homem atirava para nós! Uma tristeza!

Não sei se para se pôr jeitoso se para disfarçar o cheiro dos gases acumulados adorava experimentar tudo o que são amostras de cremes e afins até que um belo dia enganado aplicou pela cara, pescoço e careca um creme que era uma base de maquilhagem para uma senhora que já estivesse no final do Verão, ficou todo janota, parecia a Lili Caneças no final de Agosto! Mascarrou a roupa toda e foi um cabo dos trabalhos para limpar aquela treta toda dele! Ainda truxemos a esfregona e pallha-de-aço para o ajudar e outra característica desta arma química em corpo de homem era o estado de vermelhidão constante no rosto, então neste episódio da maquilhagem o homem parecia que ía explodir! 'Tadito!

Cada filme lá no pântano... há dias em que penso "mas este pântano é um filão para uma telenovela mexicana dobrada em brasileiro do nordeste!" daí este nosso desabafo de vez em quando é que se não exteriorizamos os gases vão-se acumulando e é um perigo para a sociedade!

Bom início de semana!

1 comentário:

  1. Mais uma crónica hilariante (ou hilariana, neste caso)!

    Nunca o vi, mas tantas foram as vezes que ouvi relatos das suas histórias, que agora foi como se os estivesse a reviver.

    Fascinou-me especialmente a descrição da refeição... "ligeira". :)

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