Boa noite caros amigos leitores
Há quanto tempo ... que falta vocês me fizéram, no entanto há uma razão para este intervalo sem crónicas: problemas com a justiça! Novamente! É mesmo a mais pura das verdades, violei a providência cautelar! Foi mais forte que eu ... não consegui resistir em vestir uma lingerie novinha em folha e cá vai disto, limpezas em casa em lingerie a estrear! Aliado ao facto de vários vizinhos terem instalado em casa telescópios e de eu ainda não ter cortinas estão a imaginar não estão? Que dilema! Agora pensem comigo eu também não tenho culpa dos vizinhos montarem sistemas de vigilância mais sofisticados que os usados pela CIA e o KGB. Resultado toca a andar de um lado para o outro para tratar da papelada no tribunal. E as crónicas é que pagaram a factura!
Alegrem-se caros amigos leitores já que desta vez ficou tudo em pratos limpos consegui provar em tribunal que as queixas eram infundadas visto que eu não tenho culpa de ser tão jeitosa, ficando também provado que as vizinhas são umas invejosas e despeitadas e que os maridos destas ditas senhoras têm uma vida muito deprimente, assim sendo caros amigos leitores tive direito a que a providência cautelar ficasse sem efeito e ainda fui indemnizada por danos morais, dinheiro este que já foi todo derretido na aquisição de nova lingerie! Só para as vizinhas aprenderem!
Depois de vos ter explicado os motivos desta ausência vou passar à crónica de hoje.
Este antídoto que vos trago hoje é a testosterona. Eu passo a explicar.
Ontem estive com umas amigas minhas num workshop de dança, passámos quatro horas quase seguidas a dançar. Para mim não podia ser mais espectacular! Adoro dançar e os ritmos que nos propunham ensinar eram sugestivos: Dança Indiana com Dandia, Saidi, Hip Hop e Dança com véu.
E claro perguntam vocês mas o que raio está esta cronista a "falar"?
A primeira dança é uma dança do norte da Índia e que é dançada por homens com vista a celebrar a energia masculina, daí ser dançada com uns paus de madeira. Os homens e a sua necessidade de mostrar a sua masculinidade através de formas fálicas! Não há paciência ... até na Índia! Esta dança requer uma coordenação grande com o par já que podemos correr o sério risco de vazar uma vista a alguém ou ser o alvo e ficarmos nós sem olhos! Desde já peço desculpa ao meu par visto ter-lhe arrancado uma unha! Adorei ter aprendido um bocadinho desta forma de exprimir através da dança essa tal energia masculina.
A segunda dança chamada Saidi vem do sul do Egipto e é folclore egipcío desta região Saidi. Aqui aprendemos alguns movimentos de dança oriental. Fiquei com vontade de aprender mais. Talvez no ano que aí vem ...
E quando estávamos preparadas para o Hip Hop foi nos comunicado que a professora não pode estar presente e que iríamos ter em substituição danças irlandesas, o mulherio ficou todo em suspense mas o que seria? Estão a ver Lord of The Dance? Era o que nós parecíamos ontem. Deixem-me que vos diga caros amigos leitores que esta dança é cansativa como o caraças, parece fácil e até é porém é extremamente cansativa e complicada no que diz respeito às coreografias.
Para finalizar voltámos à dança oriental desta vez com véu e deixem-me que vos diga foi aqui que me senti rodeada e inundada de estrogénio. Foi neste momento que me apercebi que estava rodeada de mulheres possuídas por um véu e pela música oriental. Fiquei com pena de não ter fotografado ou mesmo filmado este momento estrogénico colorido, já que as cores dos véus e os seus movimentos mais ou menos vaporosos deu à sala um encanto mágico.
Mas foi ao terminar a noite deste dia cheio de dança que consegui acalmar depois de tamanha dose de estrogénio e com quê? Com o antídoto mais antigo e conhecido para apaziguar tanta hormona feminina ... a bendita testosterona.
Foi na companhia de três excelentes exemplares da comunidade masculina que me dei conta da calma e do silêncio na sala. Que bela harmonia, que maravilhoso equilíbrio. O movimento, a cor, o som do feminino com a quietude, as sombras e o silêncio do masculino.
Tal foi a calma e a tranquilidade que consegui ler um livro do Gonçalo M. Tavares de uma acentada só. E fiquei feliz por num só dia ter tido o privilégio de fazer parte dos dois mundos.
Bom início de semana
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
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