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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Sangue, suor e Tony Carreira

Bom dia caros amigos leitores

Aqui estou eu de volta às crónicas depois de um fim-de-semana de grandes paródias ou não estivesse eu já a fazer a antevisão do dia de São Martinho... Há que ensaiar primeiro para tudo estar na perfeição para o grande dia. Bem, devo confessar-vos que a única coisa que me entusiasma nesta altura são... as castanhas! Eu sou capaz de tudo por elas, tenho uma relação deveras especial e bonita com as castanhas e não sou nada, mas mesmo nada esquisita, podem estar assadas, cozidas, fritas e até mesmo cruas. Sou tão fã deste fruto seco que até chego a comer os ouriços onde elas estão protegidas de malta glutona! Tudo bem que logo a seguir a esta proeza de arrancar as castanhas dos ouriços com os dentes tenho de ir até às urgências mais próximas mas... quero lá saber!

Pois é caros amigos leitores sentiram falta do feriado à segunda-feira, não foi? Eu senti tanto ... proponho desde já uma petição para que em cada segunda-feira seja decretado feriado ... que bonito!

A crónica de hoje vem de encontro a uma reportagem que ontem os telejornais transmitiram àcerca de uma corrida que aconteceu ontem, ou melhor, no domingo no Parque das Nações e que tinha como propósito angariar dinheiro para um nova sede para a Associação Contra o Cancro da Mama.

Dos quase dez mil participantes figurava eu e uma outra colega lá do pântano. Todos os santos anos lá vamos nós em excursão até à corrida Sempre Mulher, não fui eu que inventei o nome! Começámos por ser um grupo grande mas ontem vimos o grupo ficar reduzido a duo ... que tristeza! Mas também quem é que se quer levantar cedo num domingo de manhã para correr ou caminhar? Eu e a minha colega! Claro!

Deixem-me, desde já, vos por ao corrente que este duo era, inicialmente, um trio mas às nove e doze minutos de domingo de manhã recebo este sms: "Bom dia. Sei que um cortanço à última hora é sempre má onda mas ontem o meu vizinho de cima fez o favor de não me deixar dormir e muito sinceramente estou mesmo a precisar de descansar. Divirtam-se.". Ora vamos por partes, primeiro eu e a outra colega do pântano já estávamos à espera deste grande cromo que preferiu a cama à nossa tão ansiada corrida, segundo e só mais tarde alertada por três representantes do sexo masculino é que compreendi a mensagem subliminar, o "vizinho" de cima era o nome de código para o namorado e é claro que não a deixou dormir porque estivéram os dois em actividade intensa debaixo dos lençóis ... que medo! Que imagem dantesca! É claro que depois de uma noite de forrobodó não há energia para ir até ao frigorífico quanto mais para correr/caminhar dois quilómetros! A malta mais velha é que tem razão esta juventude é muito fraquinha!

Bem, reduzido o trio a duo aqui vamos nós para a grande paródia, chegadas à Estação do Oriente adivinhem a próxima paragem? Nada disso! Uma casa-de-banho! Urinar é um problema existencial para qualquer mulher, vá-se lá entender.

E aí vamos nós ...antes de chegarmos ao local de partida começamos a ouvir José Malhoa ... eh lá isto promete! A música pimba tem em mim dois tipos de reacções ou fico furiosa e começo a partir tudo o que esteja ao meu alcance ou desato a rir sem conseguir parar. Graças a Ele, ontem deu-me para o segundo tipo de reacção.

Logo a seguir a este aquecimento auditivo para o que vinha aí, vieram as meninas do Holmes Place, espero que eles me paguem qualquer coisita da publicidade, fazer-nos o aquecimento físico para aguentarmos a corrida sem lesões, e é nesta altura que percebo porque não consigo ir a aulas num ginásio ... a aeróbica dá-me gases ... não há pachorra!

Neste momento começa a sentir-se uma tensão de cariz sexual no ar ... é que o padrinho da corrida está mesmo a chegar e perguntam os caros amigos leitores mas quem é que é o bendito padrinho? Ah pois é caros amigos leitores ... ele é nada mais nada menos que .... o grande, o charmoso, munido do seu capacete capilar o fenomenal .... Tony Carreira!

É nesta altura em que temo sempre pela minha integridade física mas também mental. Primeiro comecei a levar com um par de mamas gigantes nas costas já que essa avantajada senhora cravou os cotovelos em mim para poder fotografar o seu ídolo. Depois é uma gritaria do caraças! Ah mulherio d'um raio! É aqui que penso que os maridos/namorados/amigos coloridos destas mulheres estão a fazer qualquer coisa de errado ... e depois o mais assustador é que esta loucura pelo TC é transversal em idade, ele é "málucas" dos vinte aos oitenta. Que medo! é neste momento que devo informar-vos que a minha colega lá do pântano e única companheira de corrida é doida pelo Tony, estão a ver-me no meio daquele histerismo todo não estão?

A corrida lá começou e foi o ano em que fizémos o melhor tempo de sempre, quarenta e cinco minutos! Toma!

O bonito da vida é a sua imprevisibilidade e esta frase tão bem que de adequa ao que aconteceu no final da corrida à minha colega pântanosa, atravessando a meta começámos a ver um magote de mulheres ... "bora lá ver se calhar estão a dar massagens, como é costume!" foi quando nos deparámos com o TC a dar autógrafos, beijinhos e festinhas no mulherio que se chegava à frente eis que munida ainda da oxigenação tecidular proveniente do exercício físico a minha colega lá do pântano arrefinfa dois beijinhos repenicados no TC e vice-versa! Com direito a autógrafo no dorsal e tudo ... eu fiquei maravilhada e contente pela minha única companheira de corrida!

O prémio perfeito para uma fã numa corrida feminina.

Já para mim o prémio a que tive direito foi sentir dores em músculos que eu "própia" não sabia que existiam em mim!

Bom início de semana


1 comentário:

  1. E depois ficamos muito espantados com o facto de, além fronteiras, caracterizarem o "típico" de Portugal com uma mulher de xaile e bigode sentada em cima de um burrico a dizer adeus a quem passa... enquanto ouve o último sucesso do TC.

    Não tenho nada contra ele, música popular ligeira (quase pimba), só não o consigo ouvir. Nem a ele, nem à histeria colectiva que o persegue.

    De qualquer modo, é meritório o apoio à causa em questão. E se um Toni na meta garante o sucesso da iniciativa, então canta Toni, canta! (mas baixinho...)

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